A busca pelo reconhecimento e igualdade de gênero é uma luta que permeia a história de diversas profissões em todo o mundo, e o Direito não foge a essa realidade. Enquanto celebramos o Dia do Advogado em 11 de agosto, é relevante destacar que o Dia da Advogada, comemorado em 15 de dezembro, carrega consigo um profundo simbolismo histórico que reflete a contínua batalha das mulheres por direitos iguais em uma profissão historicamente dominada por homens.
As diferentes datas de comemoração não apenas evidenciam as complexidades de gênero no campo jurídico, mas também nos convidam a refletir sobre as razões históricas e culturais subjacentes a essa discrepância, bem como a importância de reconhecer e valorizar as contribuições das advogadas em nossa sociedade.
Durante muito tempo, o Direito permaneceu como um campo profundamente enraizado no patriarcado, com uma ampla predominância de homens ocupando os espaços da profissão. As mulheres, ao longo da história, depararam-se com inúmeros obstáculos significativos para ingressar e se estabelecer nessa área. Isso não se deve à falta de competência ou habilidades, mas sim a barreiras sistêmicas e culturais que restringiram o acesso das mulheres a essa profissão.
Nesse contexto, o Dia da Advogada adquire relevância especial. Ao estabelecer uma data específica para reconhecer as contribuições das advogadas, a sociedade e a comunidade jurídica estão conscientemente desafiando os preconceitos e estereótipos que, ao longo da história, limitaram o progresso das mulheres na advocacia. A escolha do dia 15 de dezembro para essa celebração não é casual; ela representa a data em que o movimento feminista marcou seu nome na história ao reivindicar igualdade de direitos em um campo profissional essencial.
Nos últimos anos, temos observado um aumento significativo na participação feminina na advocacia. De acordo com indicadores de pesquisas do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em 2020, cerca de 53% dos advogados registrados eram mulheres. Essa tendência não apenas enriquece a profissão com perspectivas diversas, mas também desafia estereótipos de gênero preexistentes.
Aqui na Forum Hub, não é diferente! Somos uma equipe composta em sua maioria por mulheres, e criamos um ambiente onde as vozes e perspectivas femininas são valorizadas e priorizadas, promovendo a inclusão e a equidade. Além disso, a presença expressiva de mulheres em nossa equipe pode ajudar a combater estereótipos de gênero no local de trabalho e inspirar outras mulheres a buscar carreiras em áreas historicamente dominadas por homens. O que resulta em uma maior colaboração, criatividade e inovação.
No entanto, é fundamental lembrar que a celebração de uma data por si só não é suficiente para promover a igualdade e o respeito no ambiente jurídico. Ainda nos deparamos com situações em que as mulheres são desrespeitadas e enfrentam discriminação dentro da esfera jurídica. Isso serve como um lembrete de que o caminho rumo à igualdade de gênero é longo e desafiador. Precisamos continuar a lutar contra estereótipos de gênero, preconceitos estruturais e barreiras institucionais que persistem.
E você? Qual é a sua opinião sobre esse assunto?